Imagine o futuro/presente em
que várias “coisas” estariam conectadas a internet sem a interação humana para lhes
fornecer comandos para executar determinadas ações? É exatamente isso que a
internet das coisas propõe. Atualmente existem alguns equipamentos que podemos
citar como um passo inicial para a comunicação das coisas através da internet.
O Google Glass, por exemplo, é um óculos da empresa Google que permite a
interação dos usuários com diversos conteúdos em realidade aumentada. O acessório
possibilita também ao interagente tirar fotos a partir de comandos de voz,
enviar mensagens instantâneas e realizar videoconferências. Percebemos que com
um óculos já é possível tirar fotos, enviar imediatamente para outro
dispositivo portátil, armazenar as informações na nuvem, dentre outras funções.
Outro dispositivo bastante interessante de tecnologia vestível é o SmartWatch,
que é um relógio capaz de se conectar a internet, mostrar informações e operar
recursos do telefone, dentre outras funcionalidades.
Google Glass
SmartWatch
Lembro-me que durante a
minha graduação cursei uma disciplina chamada Interação Humano-Computador.
Nessa disciplina discutíamos os layouts, as arquiteturas dos objetos da
tecnologia e como esses objetos poderiam ser melhorados para o acesso de todos
sem exclusão. Ao final do curso elaborei um projeto, juntamente com o colega
Fernando Moreira, a respeito da criação ou recriação de uma tecnologia capaz de
“facilitar” o dia-a-dia das pessoas. Logo pensamos em construir um protótipo de
uma luminária que percebesse o nosso humor a depender da forma que colocamos a
chave nela. Assim, criamos uma luminária feita com Arduino e simulamos
isso. Quando colocávamos a chave de maneira agressiva a luminária acendia uma
cor que representava a calma. Tudo acontecia através de sensores. A proposta
era a luminária perceber a nossa chegada e enviar mensagens para outros
ambientes da casa e adaptasse a cor da luz, além de colocar um som.
Relatei isso, pois, nós estávamos projetando
um tipo de tecnologia com o conceito de internet das coisas sem perceber e,
hoje, compreendo a total relevância dessa ideia.
Desse modo, nossas futuras
casas, tendem a ser projetadas para que ocorra a comunicação das coisas. A
geladeira informar, por exemplo, quando está vazia e mandar mensagem para o
SmartPhone com a lista dos elementos que faltam nela. O som compreender o nosso
humor e tentar colocar uma música calma ou agitada. A SmartTV desligar sozinha
quando o seu sensor perceber que não tem mais ninguém assistindo ou interagindo
com ela. A grande sacada desse conceito é que não precisa o interagente
disparar comandos, os próprios sensores, que estarão presentes nos
dispositivos, vão se encarregar disso, juntamente com a conexão à internet,
banco de dados e segurança das informações.
Referências:
LEMOS, André. Internet das coisas. In: LEMOS, André. A comunicação das coisas: teoria ator-rede e cibercultura. São Paulo: Annablume, 2013.
ZUIN, Vânia Gomes; ZUIN. Antônio Álvaro Soares. A formação no tempo e no espaço da internet das coisas. Educação e Sociedade, v.37, n. 136, jul./set. 2016.
Oh Jessica, que experiencia tan interesante la de su proyecto con Arduino! yo quiero tener esa luminária en mi casa! fantástico!
ResponderExcluirQue bom que gostou, Angela. Fico feliz! :)
ExcluirObrigada pelo comentário.
Bem bacana a experiência Jessica. Agora veja como é importante, além de saber fazer, tb entender o que se está fazendo e o que implica essa ação no contexto tecnológico como um todo...
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