sábado, 17 de junho de 2017

A conexão das coisas.



Imagine o futuro/presente em que várias “coisas” estariam conectadas a internet sem a interação humana para lhes fornecer comandos para executar determinadas ações? É exatamente isso que a internet das coisas propõe. Atualmente existem alguns equipamentos que podemos citar como um passo inicial para a comunicação das coisas através da internet. O Google Glass, por exemplo, é um óculos da empresa Google que permite a interação dos usuários com diversos conteúdos em realidade aumentada. O acessório possibilita também ao interagente tirar fotos a partir de comandos de voz, enviar mensagens instantâneas e realizar videoconferências. Percebemos que com um óculos já é possível tirar fotos, enviar imediatamente para outro dispositivo portátil, armazenar as informações na nuvem, dentre outras funções. Outro dispositivo bastante interessante de tecnologia vestível é o SmartWatch, que é um relógio capaz de se conectar a internet, mostrar informações e operar recursos do telefone, dentre outras funcionalidades.


Google Glass 

SmartWatch

Lembro-me que durante a minha graduação cursei uma disciplina chamada Interação Humano-Computador. Nessa disciplina discutíamos os layouts, as arquiteturas dos objetos da tecnologia e como esses objetos poderiam ser melhorados para o acesso de todos sem exclusão. Ao final do curso elaborei um projeto, juntamente com o colega Fernando Moreira, a respeito da criação ou recriação de uma tecnologia capaz de “facilitar” o dia-a-dia das pessoas. Logo pensamos em construir um protótipo de uma luminária que percebesse o nosso humor a depender da forma que colocamos a chave nela. Assim, criamos uma luminária feita com Arduino e simulamos isso. Quando colocávamos a chave de maneira agressiva a luminária acendia uma cor que representava a calma. Tudo acontecia através de sensores. A proposta era a luminária perceber a nossa chegada e enviar mensagens para outros ambientes da casa e adaptasse a cor da luz, além de colocar um som.
Relatei isso, pois, nós estávamos projetando um tipo de tecnologia com o conceito de internet das coisas sem perceber e, hoje, compreendo a total relevância dessa ideia.
Desse modo, nossas futuras casas, tendem a ser projetadas para que ocorra a comunicação das coisas. A geladeira informar, por exemplo, quando está vazia e mandar mensagem para o SmartPhone com a lista dos elementos que faltam nela. O som compreender o nosso humor e tentar colocar uma música calma ou agitada. A SmartTV desligar sozinha quando o seu sensor perceber que não tem mais ninguém assistindo ou interagindo com ela. A grande sacada desse conceito é que não precisa o interagente disparar comandos, os próprios sensores, que estarão presentes nos dispositivos, vão se encarregar disso, juntamente com a conexão à internet, banco de dados e segurança das informações.


 
Referências:

LEMOS, André. Internet das coisas. In: LEMOS, André. A comunicação das coisas: teoria ator-rede e cibercultura. São Paulo: Annablume, 2013.

ZUIN, Vânia Gomes; ZUIN. Antônio Álvaro Soares. A formação no tempo e no espaço da internet das coisas. Educação e Sociedade, v.37, n. 136, jul./set. 2016.

3 comentários:

  1. Oh Jessica, que experiencia tan interesante la de su proyecto con Arduino! yo quiero tener esa luminária en mi casa! fantástico!

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    1. Que bom que gostou, Angela. Fico feliz! :)
      Obrigada pelo comentário.

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  2. Bem bacana a experiência Jessica. Agora veja como é importante, além de saber fazer, tb entender o que se está fazendo e o que implica essa ação no contexto tecnológico como um todo...

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