sexta-feira, 9 de junho de 2017

É preciso estar conectado.




Diante do atual contexto social, em que a informação é uma das grandes riquezas da denominada sociedade da informação, onde “tudo” cabe e é encontrado em rede, não podemos negar as mudanças ocorridas no comportamento das pessoas na contemporaneidade.
Estava realizando uma avaliação diagnóstica em uma turma do 1º ano do ensino fundamental em que um estudante relatou que a internet serve para acessar o Youtube, WhatsApp e Facebook. Podemos entender diante dessa explicação do aluno que ele enxerga na internet um serviço de socialização, de interação entre as pessoas, numa plataforma que proporciona as relações sociais. Diante dessa situação, essa nova geração já compreende que eles podem conversar com outras pessoas mesmo não estando perto delas fisicamente.
É interessante percebermos que uma das perguntas mais frequentes quando recebemos visita em casa é: “Qual é a senha do Wi-Fi?”. Sim, todos precisam estar conectados para postar, compartilhar, curtir, fazer transmissão ao vivo, dentre outras atividades. Em vista disso, o que antes poderia ser apenas um relato de um encontro de amigos, hoje esse mesmo encontro pode ser transmitido em tempo real, através de postagens e/ou transmissões. Esse comportamento já virou necessidade. Há um grande interesse entre os interagentes das redes sociais em manter relações firmes e que elevem o seu capital social, tendo em vista que a visibilidade em rede é um status importantíssimo e aumenta o ego das pessoas. Percebemos essas questões quando notamos que “celebridades” surgem das redes de socialização com fama, muitas vezes, pelo grande número de seguidores, de curtidas em uma publicação, pois, a depender o algoritmo que um site rede social possua, as publicações mais curtidas, comentadas e compartilhadas terão mais visibilidade. Profissões também surgiram diante de um grande número de seguidores em uma rede social, em que muitas pessoas ganham dinheiro para serem, por exemplo, influenciadores digitais. Basta uma publicação para divulgar uma marca, que pode ter um efeito maior que qualquer outro tipo de publicidade, pois a informação circula em tempo real e atinge a uma grande quantidade de pessoas ao mesmo tempo.
Diante da necessidade constante da sociedade se manter conectada a rede mundial de computadores, tendo em vista que “toda” informação que o interagente necessita estar em rede, o uso dos dispositivos móveis se tornou indispensável na vida de pessoas de várias idades. A praticidade trazida pelos aparatos digitais melhorou a forma de comunicação entre as pessoas. Diante de algumas pesquisas realizadas pelo Cetic.br no ano de 2014, demonstra que 76% das pessoas pesquisadas acessam a internet pelo aparelho celular. Esse número cresceu na pesquisa de 2015, com 89% de pessoas que utilizam o celular para se conectar com a internet. Podemos atribuir esse crescimento no acesso da informação pelo aparelho celular, pela sua mobilidade. Podemos acessar no ônibus, carro, metrô, dentro de casa, andando na rua... Enfim, nos movemos fisicamente e continuamos “navegando” e conhecendo o mundo, nos socializando, estudando, obtendo mais informações, etc. Muitas pessoas comentam que um dia sem o celular é um dia perdido, ou se estar sem o aparelho é a mesma coisa de estar sem roupa. Não digo que o celular virou um vício, mas uma grande necessidade no nosso cotidiano.

Referências:

http://data.cetic.br/cetic/exploreidPesquisa=TIC_DOM&idUnidadeAnalise=Usuarios&ano=2015.

RECUERO, Raquel. Mapeando redes sociais na Internet através da conversação mediada pelo computador. 2009.


LEMOS, André. Cultura da Mobilidade. Revista FAMECOS • Porto Alegre • nº 40 • dezembro de 2009.

Um comentário:

  1. sim, é verdade, as crianças e os jovens compreendem o potencial comunicativo das redes. Precisamos agora é que os professores, que também fazem uso desse potencial socialmente, passem a utilizá-lo profissionalmente...

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