Diante do atual
contexto social, em que a informação é uma das grandes riquezas da denominada
sociedade da informação, onde “tudo” cabe e é encontrado em rede, não podemos
negar as mudanças ocorridas no comportamento das pessoas na contemporaneidade.
Estava realizando uma
avaliação diagnóstica em uma turma do 1º ano do ensino fundamental em que um
estudante relatou que a internet serve para acessar o Youtube, WhatsApp e
Facebook. Podemos entender diante dessa explicação do aluno que ele enxerga na
internet um serviço de socialização, de interação entre as pessoas, numa
plataforma que proporciona as relações sociais. Diante dessa situação, essa
nova geração já compreende que eles podem conversar com outras pessoas mesmo
não estando perto delas fisicamente.
É interessante
percebermos que uma das perguntas mais frequentes quando recebemos visita em
casa é: “Qual é a senha do Wi-Fi?”. Sim, todos precisam estar conectados para
postar, compartilhar, curtir, fazer transmissão ao vivo, dentre outras atividades.
Em vista disso, o que antes poderia ser apenas um relato de um encontro de
amigos, hoje esse mesmo encontro pode ser transmitido em tempo real, através de
postagens e/ou transmissões. Esse comportamento já virou necessidade. Há um
grande interesse entre os interagentes das redes sociais em manter relações
firmes e que elevem o seu capital social, tendo em vista que a visibilidade em
rede é um status importantíssimo e aumenta o ego das pessoas. Percebemos essas
questões quando notamos que “celebridades” surgem das redes de socialização com
fama, muitas vezes, pelo grande número de seguidores, de curtidas em uma
publicação, pois, a depender o algoritmo que um site rede social possua, as
publicações mais curtidas, comentadas e compartilhadas terão mais visibilidade.
Profissões também surgiram diante de um grande número de seguidores em uma rede
social, em que muitas pessoas ganham dinheiro para serem, por exemplo,
influenciadores digitais. Basta uma publicação para divulgar uma marca, que pode
ter um efeito maior que qualquer outro tipo de publicidade, pois a informação
circula em tempo real e atinge a uma grande quantidade de pessoas ao mesmo
tempo.
Diante da necessidade
constante da sociedade se manter conectada a rede mundial de computadores,
tendo em vista que “toda” informação que o interagente necessita estar em rede,
o uso dos dispositivos móveis se tornou indispensável na vida de pessoas de
várias idades. A praticidade trazida pelos aparatos digitais melhorou a forma
de comunicação entre as pessoas. Diante de algumas pesquisas realizadas pelo Cetic.br
no ano de 2014, demonstra que 76% das pessoas pesquisadas acessam a internet
pelo aparelho celular. Esse número cresceu na pesquisa de 2015, com 89% de
pessoas que utilizam o celular para se conectar com a internet. Podemos atribuir
esse crescimento no acesso da informação pelo aparelho celular, pela sua
mobilidade. Podemos acessar no ônibus, carro, metrô, dentro de casa, andando na
rua... Enfim, nos movemos fisicamente e continuamos “navegando” e conhecendo o
mundo, nos socializando, estudando, obtendo mais informações, etc. Muitas
pessoas comentam que um dia sem o celular é um dia perdido, ou se estar sem o
aparelho é a mesma coisa de estar sem roupa. Não digo que o celular virou um
vício, mas uma grande necessidade no nosso cotidiano.
Referências:
http://data.cetic.br/cetic/exploreidPesquisa=TIC_DOM&idUnidadeAnalise=Usuarios&ano=2015.
RECUERO, Raquel. Mapeando redes sociais na Internet através
da conversação mediada pelo computador. 2009.
LEMOS, André. Cultura da Mobilidade. Revista FAMECOS
• Porto Alegre • nº 40 • dezembro de 2009.
sim, é verdade, as crianças e os jovens compreendem o potencial comunicativo das redes. Precisamos agora é que os professores, que também fazem uso desse potencial socialmente, passem a utilizá-lo profissionalmente...
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